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Dona Margarida no Teatro Ribeiragrandense

Dona Margarida no Teatro Ribeiragrandense
Dona Margarida no Teatro Ribeiragrandense
Dona Margarida no Teatro Ribeiragrandense

Enviada à em 2015-04-25 | Cultura

O Teatro Ribeiragrandense recebeu no passado dia 25, sábado, a peça Dona Margarida, da Companhia de Actores de Oeiras, produzida nos Açores pela Pontilha com o apoio da Câmara da Ribeira Grande, apresentada por ocasião das comemorações do 25 de abril.

A peça mostrou uma professora/tirana que fez do público a sua turma de jovens de quinze anos. Deu-lhes uma bizarra aula de biologia em que o tripudiar da sua ditadura só se iguala à insistência com que procura seduzir.

Dona Margarida nasceu há cerca de quarenta anos pelas mãos de Roberto Athayde, num ambiente de ditadura militar, no Brasil. É um dos textos de língua portuguesa preferidos dos encenadores e, por isso, já foi levado a cena um pouco por todo o mundo.

Em Portugal chegou em jeito de desafio lançado pelo encenador António Terra à atriz Sandra José e passou pelo Teatro Amélia Rey Colaço, Teatro da Trindade, Casa das Histórias Paula Rego e Auditório António Vereda. Agora, chega à Ribeira Grande para se apresentar no Teatro Ribeiragrandense.

Sobre o encarnar desta personagem, Sandra José confessa acreditar que todos somos um pouco de Dona Margarida. “Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Todos nós temos um pouco da Dona Margarida e é muito fácil “carregá-la” nos braços”.

A atriz acrescenta ainda que quanto mais “faz” desta professora tirana, mais se funde com ela, fazendo-a aparecer com maior facilidade. “Posso dizer que, neste momento, depois de várias reposições do espetáculo, a Dona Margarida surge assim que visto o casaco vermelho. E a mudança passa muito por aí: aquilo em que ela me transforma quando a visto. A personagem é tão loucamente forte que, agora, a vontade de a ver em mim já me ultrapassa e, simplesmente, deixo que apareça”, acrescentou.